A teoria sintética da evolução ou
neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores, durante anos de estudos,
tomando como essência as noções de Darwin sobre seleção natural e incorporando
noções de Genética. Foi formulada entre os anos de 1936 e 1947. Os nomes mais
importantes foram os de Ernest Mayr (1904-2005), Theodozius Dobzhansky
(1900-1975), Ronald Fisher (1890-1962), John Haldane (1892-1964), Sewall Wright
(1889-1988), Julian Huxley (1887-1975), George Stebbins (1906-2000), George
Simpson (1902-1984) e Bernard Rensch (1900-1990).
A
teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma
espécie que ocorre em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de
tempo.
Para
melhor compreender essa definição, é importante conhecer o conceito biológico
de espécie: agrupamentos de populações
naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de
outros grupos de organismos.
Quando,
nessa definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma
espécie pode ter populações que não se cruzam naturalmente, por estarem
geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato,
haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes.
A
definição biológica de espécie só é válida para organismos com reprodução
sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as
semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em
espécies.
Observando
as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar
que não existe um indivíduo igual ao outro, salvo raras ocasiões.
A
compreensão da variabilidade genética, morfológica e fisiológica entre os
indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenômenos
evolutivos. Com Darwin surgia o pensamento
populacional, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações,
ao longo do tempo, ou, ainda, alterações na frequência dos genes dessa
população. Os fatores que determinam alterações na frequência dos genes são
denominados fatores evolutivos. Cada
população apresenta certo conjunto
gênico, que, sujeito a fatores evolutivos, pode ser alterado. O conjunto
gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa
população. Assim, quanto mais diverso o conjunto gênico da população, maior é a
variabilidade genética.
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Dentro
dessa ótica, a ontogenia não é evolução, porque se trata do desenvolvimento de
um único indivíduo. Indivíduos não
evoluem.
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