segunda-feira, abril 09, 2007

Visão

    O olho é um órgão encerrado na cavidade orbital, no meio da face. Está associado ao córtex cerebral por meio do nervo óptico. Apresenta uma estrutura complexa e fundamentada em uma capacidade: a de permitir a visão.

Olho: uma parede de três partes preenchida de líquido

    A parede do olho é composta de três partes.

  1. a esclera (ou esclerótica);
  2. a coróide (ou corióide);
  3. a retina.

A esclera

    Parte constituída de um tecido conjuntivo, com muitas fibras de colágeno (proteína mais abundante do corpo humano). Corresponde à região esbranquiçada do olho. Na sua porção anterior, é transparente. Chama-se córnea. A córnea normal tem curvatura esférica, podendo ter irregularidades que podem significar alguns problemas como miopia, hipermetropia e astigmatismo. A córnea não apresenta vasos sangüíneos o que facilita esculturá-la com o laser bem como fazer remoções e transplantes.

A coróide

    Parte intermediária da parede. É uma camada pigmentada. Abaixo da córnea, forma a íris, a parte colorida do olho. A íris apresenta várias possibilidades de cores, do azul bem claro até o castanho escuro, em todos os casos devido a uma maior ou menor presença de um pigmento chamado de melanina. Os albinos apresentam olhos de íris vermelhas porque mostram os raios refletidos pelos vasos sangüíneos do fundo do olho. A íris limita uma abertura chamada de pupila.

    A pupila é uma abertura ajustável, especialmente em função da disponibilidade de luz no ambiente. Quanto mais luz, menor é o seu diâmetro. Cuidado com os óculos escuros sem proteção contra os raios ultravioletas. Eles promovem a abertura da pupila expondo o seu olho a sérios danos.

    Outro motivo para variação do diâmetro pupilar é o estado emocional do indivíduo. A ação do sistema nervoso autônomo pode, em certas ocasiões, promover a dilatação da pupila. Algumas drogas psicotrópicas também o fazem, como a maconha, a cocaína e a heroína.

A retina

    Camada mais interna da parede. Possui células fotossensíveis, fotoceptores de dois tipos: os cones e os bastonetes. Os nomes referem-se à forma das células.

Os cones são células menos sensíveis que necessitam por isso de muita luz para serem ativadas. Permitem a visão em cores. O daltonismo deve-se à falta de cones. Isso justifica a dificuldade de distinção de cores, especialmente entre o vermelho e o verde.

Os bastonetes são células mais sensíveis, permitindo a visão em penumbra, mas nada de cores. "À noite, todos os gatos são pardos" diz o provérbio. Faz sentido. À noite, os bastonetes são nossas células ativas. Os bastonetes requerem vitamina A para funcionarem adequadamente. A falta dessa vitamina provoca a cegueira noturna.

    Existem duas áreas extremas na retina: o ponto cego e a fóvea. No ponto cego, não há fotoceptores, nem cones, nem bastonetes. Corresponde à região onde é inserido o nervo óptico. A fóvea é uma área só de cones. Permite uma visão de alta definição. Nenhum desses pontos é facilmente identificado em nosso campo visual uma vez que o cérebro compensa suas presenças.

O cristalino ou lente

    Logo após a pupila, encontra-se uma lente convergente (de 13 graus!) chamado de cristalino ou simplesmente, lente. Graças a ele, os raios são orientados para a retina, formando uma imagem. Pode engrossar ou afinar, modificando o foco. Quem o ajusta é um músculo, chamado de músculo ciliar. Quando o cristalino "engorda", foca perto (o músculo está contraído); quando "emagrece", foca longe (o músculo está relaxado). Dificuldades no movimento muscular aparecem a partir dos 42 anos e resulta na presbiopia ("vista cansada").

Os líquidos

    Antes do cristalino, há um líquido chamado de humor aquoso. Depois, tomando boa parte do interior do olho, encontra-se o humor vítreo. Em ambos os casos, são basicamente água com algumas substâncias dissolvidas, água essa constantemente renovada a partir da circulação.

A conjuntiva

    Membrana que cobre a esclerótica com função de proteger o olho. Pode ser infeccionada por fungos, bactérias e vírus causando a conjuntivite. A conjuntivite pode ser alérgica.

O caminho da luz através do olho

Córnea → humor aquoso → pupila → lente → humor vítreo → retina

Um comentário:

Unknown disse...

valeu professor, estava atrás de materiais sobre visão.
obrigado
Ph sala 6V

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