O dia 25 de junho marcou a despedida desse plano de dois mitos, duas histórias diferentes mas carregadas de remédios, azares, loucuras e tragédias. O primeiro, o maior artista popular do mundo pelo menos dos últimos trinta anos. O outro, um símbolo de beleza de uma época. Estamos falando de Michael Jackson e Farrah Fawcett.
Sobre Michael, a mídia comum está se encarregando de fazer todas as devidas explicações e as devidas provocações. Nos noticiários, não há como escapar de algum comentário, de alguma consideração, de alguma análise. Às vezes, a exaustão do argumento faz com que todos fiquemos exauridos também. Entretanto, cabe-me aqui participar dessa mesa redonda. Demerol é o nome da polêmica. É um poderoso analgésico com ação semelhante a da morfina. Cada miligrama de demerol corresponde ao efeito de 1/6 ou 1/8 de miligrama de morfina. A substância – como todo opióide – em quantidade significativa pode resultar em insuficiência cardíaca e... pimba! Disque 911. Para que Michael usava demerol ainda não está muito esclarecido. Rumores de um câncer, talvez ligado a sua saúde cutânea, ao vitiligo, a tratamentos desconhecidos, ou não sei mais o quê.
Câncer e drogas. Triste combinação. Cruzando perigosamente a vida da ex-pantera Farrah Fawcett. Dona dos cabelos mais bonitos da história (algum exagero?) que – dizem – teriam influenciado até nossa Gisele Bündchen (algum exagero?). Farrah sofria desde 2006 de câncer de reto, região terminal do tubo digestório. Chegou a anunciar que estava curada no ano seguinte mas o câncer é o câncer. Estruturado de forma escusa e diabólica ele finge recuar, retirar o time de campo. Às vezes, não é teatro. Às vezes, é. Ele voltou e atacou implacavelmente o corpo da famosa Jill do seriado americano (bons tempos!). Mais uma vítima das células desordenadas, incontroláveis, essas loucas células e suas intrépidas lesões. Depois da morte, vem à tona outro drama familiar. O filho Redmond talvez possa ver o funeral de sua importante mãe. É que ele está preso. Foi flagrado com drogas e pasmem, junto com o seu pai, o também ator Ryan O'Neal. Ryan ficou famoso por uma história que repetiu em vida seu drama. Talvez você não tenha visto Love Story. Você vai arrepiar com algumas coincidências. Mais uma vez chamo para finalizar este texto, nosso inesquecível Oscar Wilde. A vida imita a arte mas que a arte imita a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário