O Dr. Frederick Griffith (1879-1941), médico inglês queria - durante a década de 1920 - obter uma vacina contra uma forma bacteriana de pneumonia em humanos. Não havia ainda antibióticos. A bactéria era chamada de pneumococos. O Dr. Griffith observou – cultivando as bactérias em laboratório, em pequenas placas – que havia dois tipos de pneumococos. Uma forma se mostrava brilhante e mais lisas – foi batizada de forma "L" (de "lisa"). A outra, a bactéria mostrava-se mais rugosas na placa – foi batizada de "R" (de "rugosa"). Será que as diferenças físicas produziam diferenças nos sintomas de quem elas atacavam? Vamos ao método científico?
Uma forma é má, a outra, não.
Para verificar se as formas bacterianas também eram diferentes na forma de agir, Griffith se utilizou de o seguinte procedimento. Injetou as bactérias separadamente em ratos diferentes e observou os resultados.
Apenas uma das linhagens era virulenta, ou seja, capaz de desencadear a doença. Quando a linhagem "L" era transferida para uma seringa e aplicada em ratos, os pobres dos animais morriam em apenas um dia: o coração dos ratos ficaram repletos da bactéria mortal!
Em busca da vacina
Atrás da vacina, Griffith tentou inocular as bactérias causadoras da doença no rato porém ele as havia matado antes com calor. Os ratos não tiveram a doença mas a imunização não foi muito boa. Foi então que tentou uma combinação de métodos conhecidos. Inoculou ratos com uma mistura de bactérias virulentas mortas juntamente com bactérias nã0-virulentas vivas. O que aconteceu? O rato morreu! (por favor, uma cara de espanto!)
A transformação bacteriana
A ciência às vezes é feita assim, por ações não-intencionais. Griffith procurava uma vacina contra a pneumonia e descobriu algo muito importante, mas diferente do que corria atrás. Descobriu que as bactérias podiam transformar uma às outras mesmo que mortas. Perceba que a bactéria que matou o ratinho no último experimento foi a bactéria "R" que no entanto foi modificada pela presença da bactéria "L". Depois, provou-se que apenas uma substância da bactéria morta era capaz de promover tão mudança e, mais tarde ainda, provou-se que essa substância era o DNA. Esse experimento é considerado – juntamente com os outros que desencadeou – a primeira prova experimental de que o DNA era o material genético dos seres vivos.
9 comentários:
Lasneaux!!
mesmo de férias é muito bom ler o seu blog pra ficar por dentro do que está acontecendo por aí..
adorei o texto dos ratinhos!
:**
opss..lucasjop sou eu :)
E como foi descoberta a vacina para pneumonia, professor Marcello?!
Opa, hoje eu prestei atenção na aula (por favor, uma cara de espanto!(hahahahha)) e o Marcello dize-nos que não há vacina para pneumonia, a tratamos com antibióticos!
Brincadeirinha, adoro muito suas aulas Tio Marcello, brigadão, quando crescer quero ser tão inteligente quanto o senhor =D.
Quanto à materia, eu não entendi muito bem. Tipo, foi provado que a tal substância era Material Genético pois mesmo depois da bacteria morta ele pôde "entrar" no nucleo da outra e "comandar" suas ações?
Depois que terminar a matéria na minha turma eu esclaresso! =)
Boa noite =D!
lasneaux !!
a história dos ratinhos foi ótima ! e ajudou mtoo pra compreender a matéria!
=D
Muito obrigado pelas visitas! Filipe, pelo que apurei a vacina passou a ser utilizada na década de 1930 e suponho que foi desenvolvida da forma como o Dr. Griffith trabalhou. Hoje ela é recomendada para idosos. Suelen, é isso mesmo que você colocou exceto por um detalhe que o das bactérias não apresentarem núcleo. Bons estudos!
O que seria de nós sem esses ratinhos, meu Deus????
Santos ratinhos!
"o rato morreu!"
=O
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