sexta-feira, janeiro 02, 2009

Não tema mais o trema: que tema é esse?

    Ano novo, língua nova. Não é de fato uma grande mudança, afinal de contas, são em torno de três mil palavras afetadas pelas novas normas ortográficas. Eu, que vejo Biologia em tudo que vejo, procuro atualizar-me em relação àquelas palavras que podem fazer maior diferença no meu dia a dia. Por exemplo: antes eu escrevia síntese "protéica" e ácido "nucléico". Agora devo escrever síntese proteica (ops! Meu corretor ortográfico acentuou automaticamente a palavra! Seu burro!) e ácido nucleico (Ops! Ele fez aquilo de novo!). Essa é uma das novas regras: não se acentua mais ditongos em palavras paroxítonas. Nas oxítonas, o ditongo continua acentuado (como em "herói" mas não em "heroico").

    Outro ponto da nova conduta linguística você acaba de testemunhar: "linguística" perdeu o trema. Não é um privilégio dela mas de todas as "ex-tremadas". O trema deve persistir apenas em palavras que derivam de outras línguas como por exemplo: você sabe o que é mimetismo mülleriano? Bom, mimetismo é quando uma espécie imita outra. Quando há um conjunto delas no mesmo lugar, parecidas, algumas tóxicas e outras não, temos um padrão complexo chamado daquela forma. Com trema.

    Quando um ser vivo não é animal e nem planta ele é um microrganismo e, agora, também pode ser "micro-organismo". As regras do hífen, confesso, são as que mais vão me dar dor de cabeça. Prefiro apenas aprender as palavras que mais escrevo, uma por uma, passo a passo. Precisamos de um tempo, por favor.

    E mais uma nova regra é o fim do acento diferencial. Por exemplo, o pseudofruto "pêra" agora é "pera". Na anáfase, os cromossomos agora migram para os "polos" da célula (continuo em uma terrível luta contra meu programa de edição de textos que insiste em corrigir-me de maneira equivocada – estamos em 2009! Alo-ou!!). Foi aí que me deparei com um problema que foge da minha querida disciplina. Não sei o porquê mas lembrei de uma música do nosso sempre presente no Natal da Globo, o meu "amigo" Roberto Carlos. Ele fez em parceria com Erasmo Carlos o "hit" "Tudo pára quando a gente faz amor". Agora o hit virou "Tudo para quando a gente faz amor". Nesse caso, acho que a mudança trouxe alguma confusão porque eu não sei mais o que nossos "amigos" queriam dizer. Acho que a "ideia" mudou (entendeu?)

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi Marcelo, tudo bem?
:D
Deixa eu te perguntar... Tô me confundindo muito em sistema ABO e Rh. Qual é a diferença entre antígeno e aglutinina?
Aglutinogênio é a proteína né?

Brigadinha! ^^
=*

Anônimo disse...

Oi Marcelo, tudo bem?
:D
Deixa eu te perguntar... Tô me confundindo muito em sistema ABO e Rh. Qual é a diferença entre antígeno e aglutinina?
Aglutinogênio é a proteína né?

Brigadinha! ^^
=*

professor lasneaux disse...

O agutinogênio é a proteína "estranha" dentro do sistema, ou seja, é o próprio antígeno. A aglutinina é o anticorpo. Bons estudos, Aretha!

Wlad Fernandes disse...

E aí professor! Tudo tranquilo?

Olha só! Na fuvest cai uma questão que pedia uma característica da mitocôndria que fundamenta a teoria da sua origem...
eu respondi que a dupla camada lipoprotéica demonstra uma provável fagocitose do procarionte q deu origem, e q a membrana externa se assemelha aos eu. e a interna aos pro.!

procurei em toda resolução e ninguém fala sobre isso... tá correto??
abração

professor lasneaux disse...

Wladimir, pensando de maneira "clássica" acho que a banca não deve considerar correta a sua resposta. O melhor seria colocar a respeito da presença de genes, de transcrição, de síntese proteica, da capacidade de reprodução, da semelhança bioquímica com procariotos. Mas... quem sabe?
Boa sorte!

Anônimo disse...

Professor, qual é o seu e-mail? Eu e uns amigos queremos tirar algumas dúvidas sobre o vestibular.
Obrigada

O ensino-anfioxo

Provavelmente todos os professores de biologia brasileiros vão morrer sem ver um anfioxo. Mas passam mais tempo falando de...