segunda-feira, setembro 29, 2008

Células-tronco

    O tronco. Um órgão vegetal que, normalmente, ramifica dando folhas, podendo ainda dar flores e frutos. Células-tronco. Células indiferenciadas que podem se desenvolver em vários tipos celulares, 216 tipos na espécie humana. Esperança para o tratamento de muitos pacientes, motivo de debate para muitos segmentos sociais.

    As células-tronco podem ser divididas em dois tipos: as embrionárias e as adultas.

(I) As CTE (células-tronco embrionárias)

    Células obtidas da fase embrionária de uma espécie. No caso da espécie humana, qualquer célula obtida do embrião, fase de até 8 semanas do desenvolvimento. A obtenção hoje dessas células é feita essencialmente a partir de embriões congelados em estoque nas clínicas de fertilização in vitro. Inclusive no Brasil, já existe autorização legal para a utilização para fins de pesquisa sobre esse tipo celular, conforme a Lei de Biossegurança (2005) criada e aprovada no Congresso Nacional, assinada pelo atual presidente da república, Sr. Luis Inácio Lula da Silva e mantido na íntegra pelos ministros do Supremo Tribunal Federal nesse ano.

    Há outras formas de obtenção mas ainda são hipóteses e formas recém-criadas. A clonagem terapêutica seria uma delas mas ainda não foi conseguida. Alguns pesquisadores já obtiveram as células-tronco com a técnica de diagnóstico pré-implantacional, técnica em que uma célula é extraída do embrião sem danos para ele. Essa célula removida é multiplicada em meio de cultura apropriado. Recentemente, um grupo japonês e outro norte-americano conseguiu obter as IPS ("células-tronco de pluripotência induzida"), a partir de células somáticas de pacientes.

    A vantagem das CTEs é sua versatilidade. Elas podem virar qualquer tipo celular corporal, sendo chamadas de pluripotentes. A desvantagem é o seu controle. Ainda não foram usadas no tratamento humano porque ao invés de desenvolverem em tipos celulares de interesse, tornam-se tumores.


 

(II) As CTAs (células-tronco adultas)

São células-tronco obtidas do indivíduo a partir da nona semana gestacional. Incluem como fontes: medula óssea, tecido adiposo, teto do epitélio olfatório, cordão umbilical e sangue de recém-nascido. Essas células apresentam menor potencial de diferenciação, sendo chamadas de multipotentes. Entretanto, todos os tratamentos em seres humanos conhecidos com células-tronco são realizados com esse tipo celular.

10 comentários:

Anônimo disse...

OI, tudo bom? Pode me passar o e-mail do Wesley, professor do galois.Preciso demais, valeu.

professor lasneaux disse...

Infelizmente, eu não tenho.

Anônimo disse...

marcelo, o que é uma doença autossômica??

professor lasneaux disse...

Doença hereditária não-associada aos cromossomos sexuais. Bons estudos!

Anônimo disse...

Marcelo como foi o salto evolutivo do ovo para a placenta.

Anônimo disse...

marcelo nao tem nada a ver com o assunto, mas...
Uma pessoa que não produz insulina é considerada um diabetico? E no caso qual o tratamento para uma criança que nao produz insulina? Há muita diferença em produtos diet e light?
Muito obrigada!

professor lasneaux disse...

Sim, diabético melito do tipo I. No caso, há necessidade de reposição hormonal. O "diet" tem uma restrição em sua composição. O light tem o componente mas em menor quantidade. Bons estudos!

Anônimo disse...

Pro anônimo que perguntou sobre a transição do ovo pra placenta.

bem...primeiro que nós não temos as respostas pra praticamente nada...na verdade são muitas suposições, mas eu poderia afirmar que foi possivelmente de organismos ovovivíparos ou vivíparos (viviparidade nem sempre significa ter uma placenta, veja o caso dos anfíbios e répteis vivíparos, onde a mãe nutre os embriões de outras maneiras).

O ovo amniótico possui um tecido extra-embrionário chamado córion, que é responsável pelas trocas de água e gases entre o exterior e o embrião, que nos mamíferos (não só os placentários, os marsupiais também apresentam uma placenta, a estrutura no entanto é um pouco diferente do que entende-se por placenta mesmo) tornou-se altamente vascularizada e continuou efetivando tais trocas, que é o que conhecemos como placenta.

provavelmente foi algo assim.

professor lasneaux disse...

Obrigado, Karla. Saudações biológicas!

Anônimo disse...

Professor Lasneaux,

Parabéns por seu blog.

É de suma importância para a construção de um novo amanhã termos pessoas como você no auxilio de nós, estudantes.

[]s

P.S: Aviso que postarei dúvidas... rs

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Provavelmente todos os professores de biologia brasileiros vão morrer sem ver um anfioxo. Mas passam mais tempo falando de...