HOMEOSTASE
Quando um organismo tem qualquer alteração em seu metabolismo, isso pode significar muitos problemas. Os sistemas apresentam propriedades especiais que devem ser mantidas para que funcionem adequadamente. Se a pressão sobe, deve baixar; se há muito sal, deve-se diminuí-lo; se o corpo esquenta, deve esfriar. Para todas essas e outras circunstâncias, o indivíduo tem mecanismos para reverter a função alterada para padrões adequados, considerados normais. A estabilidade das funções de um organismo, garantida por mecanismos fisiológicos e comportamentais é chamada de homeostase.
Por exemplo: qual a temperatura homeostática do corpo humano?
É a nossa temperatura normal, ou seja, por volta de 36 graus.
CONTROLE TÉRMICO
A temperatura corporal humana é por volta de 36 graus. Para mantê-la, alguns mecanismos são utilizados.
Variação do diâmetro dos vasos periféricos
O sangue é importante condutor de calor. Sendo assim, quando o corpo tende a esquentar, promove-se uma dilatação dos vasos periféricos facilitando a irradiação desse calor através da superfície do corpo. Quando o corpo sente frio, ocorre a vasoconstrição dos vasos, o que naturalmente diminui essa perda.
Sudorese
Na pele, existem milhares de glândulas sudoríparas. Elas eliminam suor quando o corpo esquenta. A liberação da água favorece a diminuição da temperatura.
Barreiras térmicas
A presença de uma camada de gordura subcutânea (que não faz parte da pele!) auxilia na manutenção da temperatura final do corpo. A gordura age como uma barreira térmica. Os pêlos também são importantes para esse isolamento. Quando se arrepia, os pêlos mantêm o ar estagnado rente à pele. Essa espécie de "colchão" de ar reduz a troca de calor com o meio.
Comportamento
Muitas das vezes, ações deliberadas do indivíduo ajudam na manutenção da temperatura. Buscar um lugar mais fresco, tomar um banho, vestir uma roupa mais quente, esfregar as mãos. Comportamento também ajuda a não sentir frio. E nem calor.
O CENTRO TÉRMICO: O HIPOTÁLAMO
O hipotálamo é responsável por várias ações do corpo ligadas à fome, à sede e ao sono. Também secreta hormônios que controlam a hipófise, glândula ligada a ele. É também nosso centro térmico. De acordo com a temperatura do corpo, ele aciona os mecanismos para regulá-la.
Em algumas circunstâncias, é possível que ele não consiga efetivamente manter a temperatura. Fala-se em hipotermia e em hipertermia. As causas de hipotermia são quase sempre determinadas por fatores ambientais, ou seja, temperaturas baixas. No caso da hipertermia, além do ambiente, algumas drogas são capazes de induzi-la, como as anfetaminas e o ecstasy. A febre é um quadro hipertérmico.
Febre
Quando há uma infecção, os leucócitos (nossas células de defesa) liberam a substância pirogênica. Essa substância atinge o hipotálamo provocando-lhe um ajuste na temperatura a ser obtida para o corpo. Como essa temperatura é maior que a atual, o corpo sente frio – é a fase do calafrio. Aos poucos, a temperatura aumenta – é a febre. A febre é benéfica – a princípio – pois favorece uma maior atividade imunológica. Quando se faz uso de um antitérmico ou após algum tempo, o nível de substância pirogênica cai. Assim, o hipotálamo volta a destacar para o corpo a temperatura de 36⁰C. Como a temperatura ainda está acima disso, começa a sudorese. Essa fase marca o fim da febre.
Cuidado!
É perfeitamente natural que o início do acesso febril signifique uma desconfortável sensação de frio. Mas resista! Não entre debaixo de cobertas, não vista casacos e nem tome um banho de água fervente. Isso pode fazer com a temperatura aumente violentamente causando delírios, desmaios e convulsões. Faça opção por um banho de morno para frio e tome um antitérmico de sua preferência. E lembre-se: a febre significa uma infecção. Observe-se. Caso outros sintomas surjam, procure um médico.
2 comentários:
Parabéns professor Lasneaux, essa postagem tirou muitas dúvidas minhas a respeito da homeostase!
Рискованная идея, как долго ожидать поступление новенького материала и вообще стоит ждать ?
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